quarta-feira, 18 de março de 2009

PIZZA ou PASTA?






Pizza o Pasta?

Qui, noi abbiamo la pizza. Ci hanno "pasta"! La nostra pizza non è rottura, ma il grande società cattolica ha cominciato a incrinarsi. Hanno ancora il granulo duro, ma...

Antes de mais nada! A fim de esclarecer alguns desentendimentos ocorridos sobre o meu posicionamento político-religioso, informo que não sou contra o cristianismo, judaísmo, islamismo, hinduísmo ou qualquer outro “ismo” religioso que exista. Sou contra as instituições ditas religiosas, sejam elas pertencentes as linhas que forem. Sou francamente contra a instituição Igreja (católica ou protestante), que é a que eu mais conheço. Sou contra a manipulação do ser - humano. Sou contra a interpretação e manipulação errônea de escritos ditos “sagrados”. Sou contra posicionamentos maniqueístas. Sou contra incaltos que se acham deuses. Sou contra tudo que limite a mente e o coração das pessoas e que lhes inflijam dor, angústia e culpa. Venham da onde vierem e que façam parte da agremiação que fizerem, sejam elas religiosas ou não. Fora isso, sou a favor de tudo!!

Monsenhor Fisichella (Arcebispo- presidente da Pontifícia Academia pela Vida), que é a maior autoridade em Bioética do Vaticano, disse em seu artigo "Dalla parte della bambina brasiliana" publicado pelo braço jornalístico católico "L´OSSERVATORE ROMANO", que singelamente, como se haveria de esperar, as declarações do nosso arcebispo de Olinda deveriam ser relegadas a um segundo plano e, deveríamos nos preocupar com o que “é realmente grande” e, deixar de lado aquilo que não se refere diretamente ao problema. Em outras palavras, se esqueçam das besteiras que uma das maiores autoridades episcopal do país disse e voltem suas atenções para o drama da menina estuprada e engravidada pelo padrasto. Isso sim, é o mais importante. Ou ainda, em português claro, tampem o sol com a peneira e finjam que o arcebispo não disse nada e isso será melhor para vocês e todos nós (eles).

... “Prima di pensare alla scomunica era necessario e urgente salvaguardare la sua vita innocente e riportarla a un livello di umanità di cui noi uomini di Chiesa dovremmo essere esperti annunciatori e maestri. Così non è stato e, purtroppo, ne risente la credibilità del nostro insegnamento che appare agli occhi di tanti come insensibile, incomprensibile e privo di misericordia.”

Fonte: L´Osservatore Romano - http://www.vatican.va/

Tradução: “Antes de pensar em excomunhão era necessário e urgente salvaguardar a sua vida inocente e retornar a um nível de humanidade que nós homens da Igreja deveríamos ser pregadores e professores. Coisa que não existiu e, infelizmente, afetou a credibilidade do nosso ensinamento que parece, aos olhos de tantos, como insensível, incompreensível e privado de misericórdia”.

Carta ao Vaticano

Desculpe-me Monsenhor, infelizmente, não é como o senhor disse: - “parece ser”. FOI e sempre é!!

A igreja, em seu longo histórico passado e, também, na atual conjuntura, a fim de proteger sua instituição e seus eternos regalos, sempre procurou disfarçar seus desígnios obscuros, dizendo-se “representante de Deus na terra”. Acredito que, se realmente existe um Deus, duvido muito que ele escolheria essa e tantas outras instituições compatíveis, para representá-lo nesse nosso pobre mundinho. Tenho dúvidas também, se Ele precisa de qualquer tipo de instituição para protegê-lo ou falar em seu nome.

A instituição que o senhor representa, sempre foi “insensível” e “privada de misericórdia” com tudo aquilo que pudesse fazer frente a sua ânsia de poder. Frente aos seus súditos e, principalmente, frente àqueles que, um dia, tentaram interpor-se a essa Ordem Eclesiástica e seu passado (e presente) manchado de orgulho, egoísmo e avareza.

Sua instituição sempre se utilizou de métodos apavorantes idênticos a qualquer outro tipo de reinado. Neste caso, a única coisa que não foi, como o senhor, erroneamente declarou, ser tudo isso “incompreensível”. Pelo contrário, as declarações foram clara, objetivas e, totalmente compreensivas e isso retrata bem o pensamento da sua igreja e de seus egressos. Talvez seja uma outra forma de manipular seus seguidores e defender a perpetuação da “santa sé”, no caso em questão, a saída politicamente correta, foi fazer agora uma “mea culpa”.

Infelizmente, para vocês, isso não esconde o fato da igreja, ainda pensar desta mesma maneira absurda que sempre propagou. Isso não esconde o fato, desta instituição milenar, achar que é a única a ter o poder sagrado e outorgado por Deus e, ainda assim, procuração e aprovação para falar em Seu nome.

Isso tudo, também não esconde o fato de que a sua organização, nunca teve a responsabilidade moral e sagrada de instruir e desenvolver a mente e a espiritualidade de quem quer que seja, nem fieis e nem infiéis, muito pelo contrário. Segundo os maniqueístas de plantão, quanto mais inculto, despreparado, amedrontado e subjugado for o povo, mais fácil ele será manipulado! Niccoló Machiavelli que o diga!

O julgo do que é “Bem” e do que é “Mal”, sempre foi objeto de barganha, e sempre dependeu da conjuntura, dos ganhos, das mentiras, das falácias e das necessidades de “uns” em detrimento da maioria, quando isso deveria ser o contrário.

Felizmente, para vocês, o povo ainda permanece inculto e não está preocupado em desenvolver um raciocínio lógico e crítico sobre diversos assuntos, principalmente se eles forem políticos e, iconoclasticamente, religiosos. O medo de ofender a Deus, de pecar, do pecado original, de ser relegado ao “inferno” eterno, de ser expulso ou ridicularizado pelo seio da sociedade, faz com que todas essas mentiras, criadas e imputadas por vocês mesmos, ainda funcionem como ferramenta de controle e manipulação. Graças ao seu deus, seja lá quem ele é, felizmente ainda, o povo necessita de lideres bem intencionados e, infelizmente, seguem qualquer um que se perverta nessa imagem.

A história nos ensina que o poder não é eterno, mesmo que pareça, mesmo que ele se perpetue por milênios, um dia, ele se extinguirá. Por mais que se tente manter o “statu quo”, um dia ele cairá, pois a vida, mesmo lentamente, se altera minuciosamente com o passar do tempo.

Grandes impérios foram destruídos, grandes nações foram subjugadas, grandes homens foram reduzidos a pó, que é o fim de todos nós e isso vale para vocês também, principalmente. Porém, enganam-se aqueles que pensam que o maior poder de todas as eras, o Romano, desapareceu depois de quase 1.000 anos de história. Enganam-se aqueles que lhe adicionam mais 1.000 anos, período este, que mesmo esfacelado, exerceu ainda domínio sobre sua parte oriental, cuja capital era Constantinopla, perfazendo-se um total de quase 2.000 anos de dominação.

Enganam-se aqueles que acham que o Império Romano acabou, ele ainda existe. Graças a uma ardilosa manobra de Constantino I (Flavius Valerius Constantinus), que, politicamente e pseudamente, se converteu ao cristianismo (mas ele mesmo, manteve claramente sua adoração ao “Deus Imperial Sol”, publicamente até 315 d.C., e secretamente cultuou seu paganismo até o final de sua vida, porém, o absurdo disso tudo, foi o Massacre de Tessalônica) e como Sumo Pontífice, obrigou a todos que aceitassem a nova religião. Já ouviram falar nesse sujeito? O Sumo Pontífice foi o cargo tradicionalmente ocupado por todos os imperadores romanos que controlavam e regulavam todas as práticas religiosas do Império. O Papa, na época e ainda hoje, é o título dado ao Bispo de Roma, que atualmente, é o Chefe da Igreja Católica e chefe do Estado do Vaticano e, mais precisamente, o atual Sumo Pontífice, ou seja, a autoridade suprema do cristianismo. Constatino, depois de ter unificado o mundo Romano, convocou o Concílio de Nicéia – em Nicéia, hoje Iznik, na Turquia - (eu diria que esse deveria ter se chamado Concílio de Neisseria. Isso mesmo, neisseria, uma bactéria da família Neisseriaceae, que é um diplococo gran-negativo altamente contagioso). Nos três primeiros concílios, determinaram-se todas as bases futuras para o cristianismo, inclusive, a Vulgata Latina, que é a compilação da nossa atual Bíblia e as determinações do que deveria ser considerado “sagrado” e o que não deveria. É claro, baseado naquilo que era de interesse na época e que, também, interessava as pretensões futuras desta “igreja” (só para espezinhar ainda mais toda essa manipulação religiosa. Para aqueles que, avidamente, acreditam em tudo que existe na Bíblia e, por isso, possuem nos 10 Mandamentos de Moisés - dizem que é de Deus e foi recebidos por Moisés, mas há controvérsias- uma forma de nortear as suas vidas, cuidado! Segundo esses mandamentos ou também chamadas de Leis Mosaicas - ver Deuteronômios 5 -, Deus elegeu o Sabbath - Sábado, último dia da semana - como dia de descanso e adoração ao Senhor, porém, Constantino, no seu Édipo de Constantino, promulgado em 321 d.C., alterou o mandamento que glorificava o Sábado e, simplesmente, com uma “canetada” transformou-o em Domingo – primeiro dia da semana, dia também reservado para adoração ao deus Sol, e isso se mantêm até hoje, ou seja, cuidado naquilo em que acreditas, naquilo que lês e naquilo que ouves. Tudo pode ser ajeitado, tudo pode ser modificado e tudo pode ser desvirtuado e, principalmente, manipulado). Não seja um robô, um marionete ou um burrinho que para tudo, abaixa a cabeça. Vá à luta, estude, pesquise, se instrua, conheça e raciocine por si mesmo. Não assemelhe idéias pré-formatadas. Não repasse coisas que não são suas, mesmo que você acredite nisso. Não assine nada sobre conceitos que você desconhece e que foi “culturalmente” obrigado a aceitar. E, acima de tudo, não deixe que opiniões forjadas pelos outros direcione a sua vida. Um dia você responderá por isso, e lembre-se, mesmo em nossas regras mundanas, você não pode alegar desconhecimento da lei. Juridicamente isso não é possível!

Finalizando, esses intitulados “representantes de Deus”, são sim, reais herdeiros do Império Romano e não, daquele humilde filho de carpinteiro que, segundo relatos, tratava a todos como seus iguais. Nem mais, nem menos, simplesmente iguais. Filhos do mesmo Pai e herdeiros da mesma fonte.

Pense bem e reflita sobre as suas crenças e, principalmente, analise conscientemente a mando de quem você norteia a sua vida.

Dê a Cesar o que é de Cesar e a Deus, o que é de Deus!

3 comentários:

  1. Só um detalhe. O Sabath foi substituido pelo domingo, pois a ceia foi num domingo. De acordo com os cristãos Jesus marcou uma nova era, um novo inicio dos tempos, por isso a mudança no dia do descanço. Pelo resto concordo contigo.

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  2. Sorry Jeff!! Não há relatos históricos sobre essa sua declaração e, na verdade, não há registro histórico de muita coisa que é relatada pelos evangelistas, inclusive a "última ceia". Somente há registros bíblicos que, a meu ver, carecem de comprovação, já que, mesmo os relatos comprovadamente históricos se encontram fora de ordem, em locais diferentes, épocas diferentes e com existência de pessoas que não foram contemporâneas entre si.

    Você pode ter razão quanto o dia da ceia, pois, é uma prática até hoje, comemorar o final de períodos de "obrigações", inclusive, os mulçumanos comemoram a quebra do jejum com uma grande comemoração. A mudança do sábado para o domingo só aconteceu depois de Constantino, ou seja, é mais fácil acreditar nos relatos históricos e na vontade de Constantino, do que acreditar que essa mudança teve um caráter nobre.

    Enfim, o que não podia ter acontecido era a mudança dos mandamentos, ou seja, perverter uma narrativa histórico-religiosa sem razão aparente e, ainda mais, sem informar os reais motivos. Isso eu chamo de manipulação.

    Porém, se você der uma olhada no meu último “post” vai ver que eu estou deixando aquela briga com a “igreja” e me atendo a assuntos mais importantes, mas, os fatos históricos me interessam e, ainda não vou permitir que se utilizem de fatos fantasiosos para confirmar coisas que não são possíveis de serem confirmada e existem somente na imaginação das pessoas.

    Nota:
    Qualquer relato, comprovação ou opinião ou posicionamento sobre o que eu escrevo é sempre bem vinda. Independente de estar “a favor” ou “contra” o interessante é sempre o debate. Não sou radical nas minhas interpretações e se tiver que mudá-las porque algo desconhecido foi conhecido, se algo obscuro vier descortinado ou se, mesmo que não se comprove nada e isso vier a ser benéfico para mim e para os outros, eu mudo de posicionamento imediatamente!!!

    Abraços meu amigo!

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  3. Eu sei disso. Esse é o ponto de vista cristão. E é muito dificil comprovar qualquer coisa antes de Constantino ou até mesmo depois. Se você ler "O que Jesus disse? O que Jesus não disse?" de Bart D. Ehrman você verá que TODOS os textos antigos passaram por copistas que ou alteravam por descuido ou por algum interesse politico os textos biblicos. Mas sabe porque eu acredito que a teoria do dia santo ter sido mudada para domingo é verdadeira? Porque mesmo sem documentações precisas a tradição das missas aos domingos é desde os tempos primitivos feitas em locais escondidos por pessoas de baixa escolaridade. Mesmo não tendo uma base precisa é um ponto de vista quente para se seguir. Se formos esperar comprovações fortes, jogue fora tudo que você leu antes da invenção da impressa

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