sábado, 8 de agosto de 2009

Estamos "marcados" para sempre?

Segundo os cientistas (virulogistas e imunologistas) que trabalham com cepas (cepa vem de cepo, pedaço, corte, parte, etc.) dos vírus H1N1 (inclusive o mesmo vírus responsável pela Gripe Espanhola), todas as ondas de gripe causadas pelo vírus Influenza, sazonais ou epidêmicas, são variações descendentes, diretas ou não, do mesmo vírus de 1918, identificado pela primeira vez nos EUA em 4 de maio do mesmo ano.

Tecnicamente, o vírus Influenza atual, possui algumas partes do mesmo vírus de 1918 e, sendo assim, também possuímos alguma imunidade contra esse vírus, já que, por replicação, neste caso, humana, também temos traços dos anticorpos de nossos antepassados.

O problema é a complexidade desse vírus, que possui grande possibilidades de combinações possíveis entre suas proteínas e, também, combinações seus sub-grupos de proteínas.

Um pouco de ciência:
O vírus da Influenza tem 8 genes (gene é uma fragmentação do DNA), dos quais, dois deles “codificam” (preparam, constroem, manipulam) proteínas virais de primeiro nível, chamadas de “proteínas de superfície” - Hemaglutina, o H e Neuraminidase, o N da codificação H1N1. Essas proteínas permitem que o vírus invada as células, misturem seu DNA com os dela, se repliquem e se espalhem para outras células. Existem 16 tipos de Hemaglutina e 9 de Neuraminidase, resultando em 144 combinações possíveis.

Deste total de combinações, somente três (identificadas por enquanto) têm total capacidade de infectar humanos H1N1, H2N2 e H3N2 (outras como o H5N1, por vezes podem infectar humanos). A gripe atual foi classificada como uma mutação do vírus H1N1.

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