terça-feira, 4 de agosto de 2009

VALE A PENA REGISTRAR!














Me deparei com o seguinte artigo no site do SINPRO-SP - http://www.sinprosp.org.br/

Em 29/07/2009, escrevi ao Sindicato, cujo qual sou um dos sócios:

Mensagem:
A posição do SINPRO com relação ao adiamento do início das aulas é perigosa e inconsequente. Se a OMS e o Ministério da Saúde indicaram tal medida, quem no Sindicato, se julga mais competente para ir contra tais recomendações? Se uma, apenas uma faculdade tiver um surto de H1N1, o sindicato poderá ser responsabilizado civil e juridicamente. Será que esse posicionamento não deveria ser revisto?

Recebi a seguinte resposta de: advogados@sinprosp.org.br
From: advogados
To: nel@usp.br
Sent: Thursday, July 30, 2009 10:50 AM
Subject: RES: [SINPRO-SP] Sugestões


Prezado Professor,

A diretoria do Sindicato dos Professores considera que o adiamento do reinício das aulas em razão do surto da gripe H1N1 é uma medida cujos efeitos podem ser opostos aos da prevenção da saúde dos estudantes. Em primeiro lugar, porque não há, por parte das autoridades, qualquer segurança de que a previsão do retorno às atividades letivas será possível tanto quanto não se sabe sobre quando se dará o recuo da disseminação da gripe. Em segundo lugar, porque as escolas não são os únicos ambientes de convívio coletivo dos jovens: seria preciso, para que a medida fosse conseqüente, que todos os demais espaços freqüentados pelos estudantes também fossem igualmente fechados ao público: cinemas, teatros, clubes, danceterias, shoppings etc.

A manifestação do SINPRO-SP vem a propósito dos insistentes rumores surgidos depois que a Secretaria da Educação de São Paulo suspendeu as aulas na rede pública, rumores que acabam se espalhando por todo o sistema de ensino, inclusive o privado. Para a diretoria do Sindicato,
o funcionamento normal das escolas pode servir como recurso de prevenção sanitária, já que é na escola que os estudantes podem estar mais protegidos em razão das orientações que recebem. Além disso, o adiamento indefinido do reinício do semestre pode gerar uma
desorganização de natureza didático-pedagógica que em nada contribuiria para a tranqüilidade social.

Amanhã haverá uma reunião entre o Sindicato da categoria profissional e o Patronal, assim depois das deliberações teremos um novo posicionamento.

Atenciosamente,

Advogados

SINPRO - SP

... nada mais do que o repeteco que já estava escrito no artigo completo!

Respondi ao advogados@sinprosp.org.br:


Obrigado pelo retorno!

Concordo em parte com o posicionamento abaixo, mas tenho que lembrá-los que o assunto evidenciado na mídia está intimamente ligado as instituições de ensino e após a determinação havida nas universidades estaduais, FATEC´s, escolas públicas estadual e municipal e, algumas particulares, o foco se intensificou nesse grupo, inclusive, segundo as estatísticas, o público mais afetado é aquele que está na faixa de idade de nossos alunos do curso superior e, professores, é claro!

Ninguém está se preocupando com cinemas, teatros, clubes, metrôs, etc., e nesse ponto, concordo com o posicionamento do SINPRO sobre ser inócua a atitude tomada pela Secretaria de Saúde, no que tange a prevenção sanitária generalizada, porém, caso qualquer instituição de ensino venha a apresentar um caso sequer, envolvendo alunos ou professores, infelizmente, não irá interessar para população e, principalmente, para a mídia, se a contaminação se deu em cinemas, teatros, ou qualquer outra forma de aglomeração. Com certeza, a culpa será arcada por aqueles que não cumpriram as orientações de saúde dos órgãos competentes.

Sinto que o SINPRO poderá ser responsabilizado por não ter adotado as medidas cabíveis antes dos acontecimentos e pelas probabilidades, que são exponenciais, é certo que algum tipo de contaminação ira ocorrer nos próximos meses.

Além do mais, as salas de aula e laboratórios não estão preparadas para isso e são extremamente mal ventiladas. O ar, normalmente, já é intragável e extremamente viciado em dias normais, imaginem no inverno, onde todas as janelas são fechadas. Somente quem convive com isso todos os dias pode ajuizar tal posicionamento. A quantidade de alunos por sala está cada vez maior e, os professores com carga horária completa, estão em contato, na média, com mais de 1.000 diferentes alunos por semana. É algo que realmente precisa ser levado em conta.

Enfim, não acredito que tal procedimento venha a gerar uma desorganização de natureza didático-pedagógica, é muito improvável que isso aconteça e, ainda mais no início do semestre letivo e, mesmo se assim fosse, há muitas alternativas para se evitar isso, inclusive, para que não seja necessária a reposição de aulas presenciais.

Como professor, preocupo-me com o risco que envolve a minha saúde e a dos meus pares, e isso, deveria ser papel principal do SINPRO, já que a entidade patronal das instituições de ensino, liberou para que cada uma fizesse o que achasse melhor.

Já que haverá uma reunião entre as duas entidades de classe, solicito que o relato acima seja estudado e avaliado. Tanto para evitar qualquer responsabilidade social, civil e judicial das instituições de ensino, como, e principalmente, da nossa entidade de classe, já que, como relatado acima, por causa da grande quantidade e diversidade de contatos, nós professores, somos aqueles que correremos maiores risco.

Agradeço novamente a atenção.

Atenciosamente,

Nelson Barbosa Jr.
email: nel@usp.br
(11) 9800.2222

Adivinhem qual foi a resposta? Nada... Até o momento, nada...

Pelo contrário, eles ainda "batem" na mesma tecla!

Agora, depois da nova publicação, estou certo que o SINPRO não influenciou (ou influenciou ao contrário) a decisão de adiar o início das aulas adotadas pelas Universides e outras instituições de ensino.

Hoje, o artigo era:

Respeitar o calendário, sem reposição de aulas

A diretoria do SINPRO-SP entende que a melhor solução para os problemas criados com o adiamento das aulas é o respeito ao calendário aprovado pelas escolas no início do ano, sem necessidade de reposição. A proposta será apresentada em reunião na próxima terça-feira entre a Federação dos Professores do Estado (FEPESP) e o sindicato das escolas e deverá ser levada ao Secretário da Educação.

A situação de emergência decorrente da ameaça de proliferação da gripe H1N1 e a recomendação de adiamento do reinício das aulas feita pelo SIEEESP às escolas particulares criou uma série de efeitos cujas piores consequências podem se traduzir na desorganização generalizada do semestre letivo, com prejuízos para os estudantes e para os professores.

A posição do SINPRO-SP, que foi contrário ao adiamento do reinício das aulas por entender - com base na opinião de especialistas (leia aqui uma dessas manifestações) - que a medida é pouco significativa do ponto de vista da saúde pública, busca agora defender os interesses dos professores, que também devem preservar seus direitos. Na verdade, agindo unilateralmente como agiu, o Sindicato patronal criou para toda a comunidade escolar um problema cuja solução não pode ser de exclusiva responsabilidade de nossa categoria.

... e eu lá estou preocupado em repor ou não repor as aulas!!! Estou preocupado com a minha saúde e a saúde do pessoal com quem eu convivo, sejam eles estudantes ou professores!!

Acho que ninguém entendeu, ou não quis entender, o que eu disse (mesmo estando por escrito) e, sinto muito, se eu tiver que desenhar para que eles me entendam, será uma enorme decepção!

Se alguém achar que o meu texto está assim, tão intelegível, por favor, me avisem. Ou eu mudo meu estilo literário, ou vou ter que fazer um curso de desenho!!

Se como sócio não sou ouvido, PAGO SINDICATO PARA QUE??? Acho que vou ter que me candidatar nas próximas eleições!!

Ei pessoal, esse sindicato é dos professores, ou não??





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