Hoje, como todas as terças-feiras, na parte da manhã, fui no meu grupo de "fumódromos-anônimos".
Meu nariz está melhor do que a visão de RX do Super-Homem. Sinto, de longe, se
a pessoa fumou, a quanto tempo fumou e, se forçar um pouquinho, vou acabar
descobrindo qual é a marca do cigarro. Fiz o teste do "bafômetro
cigarral" e, zerei o medidor de concentração de monóxido de carbono!
Ando sentindo o aroma dos perfumes de uma forma ímpar, inclusive, consigo definir o tipo de fragrância e, se conheço bem o aroma, até a marca do produto. Visualizo a "cor" dos cheiros de uma forma incrível. Determino se são florais, amadeirados, frutais, com notas cítricas ou não, herbais ou orientais. Às vezes, me parece que consigo até determinar a composição deles e o quanto há de cítricos, lavandas, madeiras ou Fougère (que é uma mistura de lavanda, com cítrico, musgo e madeira). Os oleosos ou muito doces, não me atraem nada e, vez por outra, me dão dor de cabeça. Mas estou sentido aromas estranhos e, estou achando que andam misturando feromônios na composição de alguns perfumes, ou, é o meu nariz é que está sentindo tudo isso e misturando esses odores em um só. Se for, nunca vou conseguir, neste caso, identificar o que vem da onde, pois não dá para separar esses odores, já que é pela pele que os ferormônios se volatizam.
Agora então, nesse início de primavera, os odores estão me deslumbrando.
O odor das flores, das árvores, do mato, do vento antes da chuva, da grama. É
um mundo aromático que eu não lembrava que existia. Porém, tudo possui sua
parte positiva e negativa e, neste caso, com o meu, agora, super-olfato, meu
nariz não tem controle e funciona tanto para o bem, como para o mal (o meu é
claro)!
E essa parte é muito desagradável. Essa cidade de São Paulo "fede"!!
Não sabia que existiam tantos cheiros de podres, vindo de vários tipos
de coisas que fedem podre! Ah! E em
todos os lugares.
O que mais me impressiona, é o cheiro horrível de cinzeiro que os
fumantes carregam (fico imaginando como é que aguentavam ficar eu meu lado) E a
roupa então, fica com aquele cheiro de cinzeiro misturado com mofo, essa é a mistura
de cheiro produzida pela mistura da fumaça com a própria umidade do corpo, é
pior do que “murrinha”.
Mas, não posso negar que a fumaça do cigarro ainda me atrai, ainda mais agora,
que consigo identificar os vários tipos de açucares, toques de mel e madeira
que existem no fumo e exalam quando ele queima. Mas que cheiro horroroso é esse
desta fumaça misturada com a umidade respiratória! Fica na boca, roupa, no
cabelo, na pele, na mão e, em todas as coisas.
Nesses, quase 3 meses, engordei cerca de 6 quilos, ou foram 9? Sabe que
não sei! Só sei que não estou mais precisando usar cintos nas calças e,
algumas, tenho que abrir o botão quando sento. Outras, não passam nem dos
joelhos. Algumas camisetas viraram “baby-look”! Mas isso é quase que inevitável. O metabolismo
muda e muda também a relação entre a boca e o prato. Não sei porque, mas eles
criam uma sintonia quase perfeita. E
olhem que, desta vez, eu fiz a coisa direitinho. Parei de beber (bebidas
alcoólicas). Já estou sem cerveja há mais de um ano e meio e sem outras bebidas
alcoólicas, há mais de seis meses.
Hoje estou suportando a vontade de fumar, mas há uns 40 dias, quase
entrei em parafuso! Ainda preciso do chiclete de nicotina, mas já estou
pensando em parar. Não uso muito, uns dois ou três por dia, mas vou me preparar
para parar.
Estou tentando reformular minha dieta e agora, o próximo objetivo é sair da “síndrome
metabólica” e diminuir a barriga. Mas estou achando que ainda é muito cedo. Melhor
ficar sem fumar e engordar, do que fumar para emagrecer. Depois que estiver
seguro, entro num programa dietético. Uma coisa de cada vez.
E, vamos que vamos....
Nenhum comentário:
Postar um comentário