quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

SONHO SONHADO




Eu sempre tive fama (se fama entre familiares pode ser considerado como “fama”) de ter sonhos vívidos e, nos últimos anos, ando tendo sonhos com gente famosa do circuito nacional e internacional. Já sonhei com tanta gente e, quando acontece nos sábados ou domingos, tenho a oportunidade de comentar com a Amanda no café da manhã, os outros, lembro no caminho do trabalho e até, alguns dias depois, justo quando surge alguma coisa que me remeta ao sonho. Mas, o normal é que eu acabe esquecendo. Deveria anotar,  mas  não anoto e assim, acabo esquecendo.

Meus sonhos não são como um "soinho" qualquer (como se eu soubesse como são os sonhos dos outros), são sonhos densos, complexos, profundos, agitados e vez por outra, muito pesados. Parecem filmes de tantos detalhes. Reconheço vestimentas, climas, horas do dia ou da noite (normalmente o ambiente do “sonhado” é sempre, ou me parece, no final da tarde ou no início da manhã. Eu não tenho muita certeza disso, mas acho que está mais para final de tarde ou início de noite, ou início da manhã ou, sei lá! Uma hora eu acho que é uma coisa, em outra, acho que é outra mesmo), se este se passa em outro pais ou outra época. Muitas vezes, no sonho, falo outras línguas que conheço, mas outras vezes, falo (ou entendo) línguas que não tenho a mínima ideia da pronuncia. Mas, a maioria das vezes é o português que predomina.  São extremamente vívidos!  

As pessoas dão rizada quando comento, mas são, absurdamente, detalhados. Se eu colocar um desses sonhos e uma lembrança de algo real, um ao lado do outro, não consigo diferenciar a lembrança real, do sonho. A única diferença é que no sonho, não existe sequência, nem inicial e nem final, diferente da realidade, porém, todos os sentidos funcionam iguaizinhos. Visão, audição, olfato, paladar e tato, são tão reais, que deixam lembranças depois que acordo! 

Já comeram King Crabs? Não? São crustáceos parecidos com caranguejos, mas enormes! São pescados nos mares do Norte, principalmente no perigoso Mar de Bering no Alasca. Eu já sonhei que estava me deliciando com esse negócio. O gosto nem se parece com caranguejo e nem com lagosta. É algo mais parecido com alguma coisa que lembre frutos do mar, porém, muito mais leve! Não dá para explicar (ainda mais sendo sonho) porém, meu sonho diz que King Crab tem gosto de King Crab! O pior, é que eu tive a oportunidade de experimentar na realidadee tirar a dúvida. Passei a semana toda dizendo que iria experimentar o “bicho” e, todas as vezes, aparecia algo que me fazia esquecer do crustáceo. Passava por diversos restaurantes que serviam a iguaria e me lembrava da minha vontade. Dizia para a Amanda: - “Hoje a noite,  esse bicho não me escapa”.... Mas, escapou!!

Outras coisas que experimentei antes nos sonhos, tiveram o mesmo gosto daquilo que sonhei, mas só de lembrar me dá água na boca! Acho que em São Paulo tem um restaurante que serve isso, porém, eu queria comer nos especializados e onde eu estava, tinha um em cada esquina!

Voltando ao sonhos, as vezes, meus sonhos parecem superproduções do Spielberg. Quando falo isso, o “pessoal”  também ri! Eu reafirmo, “é muito doida essa minha experiência sonífera”, mas eles nem tem ideia do que é sonhar desta forma. Sonho com cada coisa tão louca e de um jeito muito doido. O melhor de tudo, sem drogas!

Já sonhei com coisas que existem ou que ainda não existem. Coisas que não existem e um dia, acabam existindo. Sonho com gente que conheço e gente que não conheço.  Por exemplo, uma noite dessas sonhei com a Dilma. Sério...  E o assunto, pela “sensação” (pois não lembro da história)  era muito sério. Não conheço a Dilma pessoalmente, mas conheço pela televisão, fotos, etc. Se parar na minha frente, eu vou saber quem ela é, mas tem sonhos, que sonho com pessoas que nunca vi. Converso, almoço, janto, danço, bebo, viajo,  etc., e nunca vi na minha vida esse pessoal (bom, pelo menos, não nessa vida).

Algumas vezes (mais raramente. Umas duas ou três vezes por mês) sei que que estou sonhando, ou seja, tenho “no sonho” consciência que estou em um sonho. Infelizmente, nunca consegui controlar a minha atuação no sonho, mesmo sabendo que estou em um sonho e  conhecendo as técnicas de sonho consciente, tipo, olhar no relógio, falar determinada palavra código, etc.,  meus sonhos seguem o seu (dele) “script”. Não tenho o costume de anotar o sonho, mas acho que deveria. Podemos dizer que: “Isso, ainda, não é imprescindível na minha vida”. O dia que for, eu anoto e uso as técnicas dos sonhos conscientes.

Como eu disse,  só venho a lembrar do sonho horas ou dias depois. Quando acontece no final de semana, eu aproveito e conto para  Amanda nas outras vezes,  faço como fiz hoje e peço para que ela não me deixe esquecer do assunto, porém, a memória dela é como a minha, “flash”! Se não anotar, “puft”, vai embora...  O mais estranho foi que hoje ela lembrou de me lembrar e eu, como não tinha esquecido, já estava fazendo anotações.

Esse sonho  de hoje, já que lembrei, vou aproveitar e relatar. Não sei porque, mas vou relatar e relatar conforme e precisamente como sonhei! 

Sonhos, no meu caso, começam a ter consciência em determinado ponto da narrativa (narrativa minha, já que não é filme e não existe um “narrador”. Também não tem música de fundo, mas se tivesse, seria bem interessante). Ainda não descobri porque, mas nos meus sonhos, existe algo anterior que é lembrado e que dê uma sequencia inicial, mas não fica bem definido, ou seja, os detalhes ficam esmaecidos, meio apagados ou confusos (coisas de sonho e, ainda bem que isso existe e é percebido, senão eu iria confundir sonho com realidade e, aí já viu, "toca" visitar mais psiquiatras).

Esse meu sonho de hoje, começa comigo (é claro), esperando minha filha (também não sei qual delas). Eu sei que esta filha (a do sonho) é pequena (mas eu sonho com minhas filhas pequenas, adolescentes e, às vezes, velhas, mesmo que elas não aparentem, no momento real, o que aparentam nos meus sonhos). A garotinha, que tenho certeza era "filha", deveria ter uns cinco ou seis anos (a minha filha pequena está com quatro, porém, não tenho certeza se era ela no sonho, até pode ser, pois é “pequena” e eu fiz a analogia com ela, mas isso não é uma regra). 

Pausa!

Eu estou escrevendo a medida em que vou lembrando dos detalhes. Resolvi fazer assim para que seja um relato e não uma história. As vezes pode parecer confuso, mas eu e meus sonhos somos confusos. Algo que no momento que escreve eu não sei, é porque na hora do momento no sonho, eu também não sabia e, assim, sucessivamente! 

Retornando a narrativa!

Eu estava em algum lugar esperando a minha filha sair da escola, em algum lugar parecido com uma lanchonete ou restaurante. Como é a parte inicial da consciência do sonho, as imagens não são bem “traduzidas”. Não usei o termo “nítidas” pois esse não expressa bem essa situação dos meus sonhos. A imagem é nítida nesse momento, porém, como se apresentam em “flash” de lembranças, é como se você tentasse se lembrar de algo que não prestou atenção e que tenha acontecido há muito tempo. A cena se apresenta com uma certa “conturbação” ilógica.  

Bom, mas isso é o que acontece comigo antes de o sonho ser, realmente, vivenciado.Não sei se acontece com todo mundo da mesma forma! Quando o sonho começa a ser “vivenciado” (ou, quando essa, no caso, vai ser a parte que eu vou me lembrar ao acordar), as imagens, falas, barulhos são tão nítidos, precisos e lógicos que não diferem em nada com a realidade e, nesse sonho, estou eu lá, à espera da saída de minha filha da escola (traduzi como escola, mas pode ser qualquer outro local fechado com uma portaria, como academia, teatro, uma festa, sei lá. A melhor tradução para o sonho foi de uma escola e, por favor, entenda desse jeito e não seja mais chato do que eu!).

Como disse acima, nesse início da vivência, me parece que estou em um tipo de lanchonete ou restaurante aguardando a saída da minha filha da escola. Não é algum lugar que eu conheça. Na verdade, sei onde estou (no sonho), mas deste lado (da realidade) não conheço onde estou. Aguardo a saída da minha filha da “escola” e a única coisa que me chama a atenção, são as vestimentas das pessoas. É inverno.

Estranho! Nesse momento do texto, acabei de fazer a primeira gravação deste arquivo  e como nomeio meus arquivos usando o assunto e a data, descobri que hoje é 13 de janeiro de 2016 e, segundo os astrólogos, estou entrando em meu “inferno astral”, pois faço aniversário no dia 13 do próximo mês. Mas isso não tem nada a ver com meu sonho, ou teria??

Vou fazer várias repetições, tanto para explicar cada fato, como para que eu possa lembrar melhor das cenas. Continuando... Em certo momento, levantei-me para ir pegar minha filha na entrada desta “escola”, porém, ao ultrapassar o que me parecia um portão de um muro de vidro transparente (é isso aí, havia uma barreira de vidro transparente que me separava da onde eu estava e para onde eu queria ir), vi  que minha filha vindo correndo para me encontrar. Era uma espécie de praça na frente dessa escola e o piso era como aqueles filetes ou “quadradinhos” de granito branco, que  usavam antigamente para fazer calçadas (acredito que parecido com as calçadas de Copacabana). Fiquei bravo por ela ter saído sem me esperar e, depois de pegá-la no colo, voltei ao lugar que eu estava esperando e deixei-a com a mãe (neste momento do sonho, a Amanda passou a fazer parte dele e a minha filha se tornou a Mariamne , que hoje tem quatro anos de idade), disse a ela (Amanda) que iria voltar e falar com o porteiro da escola sobre o ocorrido e exigir satisfações. Eu estava muito bravo. Mas bravo mesmo! Se eu não estivesse relatando isso por escrito, diria que, na verdade, eu estava muito “puto” com o ocorrido. Fui abrindo caminho por um monte de gente que ia e vinha daquela passagem no muro de vidro e quando me aproximei do mesmo portão, olhei para baixo e a direita (local onde estava a saída da escola) e vi o Barack Obama (Presidente dos EUA) sentado em um banquinho, sozinho, ao lado da catraca do local. Saquei meu celular e bati uma foto! Fui seguindo o muro transparente e bati várias fotos. Não acreditava no que estava vendo (Acho sonho muito divertido. Você não acredita que estava vendo alguma coisa mesmo vendo aquilo em um sonho. É sui generis). Bem, o Barack estava vestindo um terno preto (tipo Men in Black), de óculos escuros e rodando na cadeira da catraca, de um lado para o outro, sem prestar muita atenção em quem saia ou entrava. Estava com os olhos vagando o infinito! Guardei o celular e fui falar com ele! Eu ia dar uma bronca no porteiro que deixou minha filha sair sozinha, se esse porteiro era o então, todo poderoso presidente da mais poderosa nação do mundo. Ainda mais, esse cara que eu admiro?  É claro que desisti da bronca...

Cheguei perto dele e falei:

- Hi, Mr. President! Excuse-me... I am Brazilian and (I) speak English (a) little bad! But, I was very angry!

- Please, sit here, beside me! Disse ele.

Eu comecei a contar que iria dar uma bronca em quem deixou minha filha sair sem que eu estivesse lá, mas quando vi quem era, mudei de ideia. Porém, que continuava muito bravo (Tudo mentira! Eu estava ao lado do Presidente dos EUA e, nem me lembrava mais que minha filha tinha saído sozinha da escola).

Ele abaixou os olhos e pediu desculpas...

Notei algo de muito triste em seu semblante. Perguntei se estava tudo bem, se tinha acontecido alguma coisa, etc. Ele não respondeu e eu, como sempre incisivo que sou (até no sonho), afirmei: - O Senhor não está feliz!

Ele me olhou com uma feição pesarosa e assentiu. Nisso, chegou uma mulher negra (fiquei na dúvida se era a Michelle Obama, pois achei a mulher um pouco gorda demais), estava de vestido negro, com um casaquinho curto e felpudo, também negro. Um pouco sem educação, me deu um “bypass” e pegou nos braços do Obama e saiu puxando-o para algum lugar.

Eu ainda lhe perguntei quanto tempo mais (me referindo ao tempo restante de presidência) e ele, já saindo, fez o sinal com a mão com quatro dedos e disse, quarenta e quatro. Fiquei na dúvida se ele queria dizer quarenta e quatro meses ou quarenta e quatro dias.

Logo após essa cena, acordei com a Amanda me chamando: - Nel, acorda senão você perde a hora (Olhei no relógio e pensei comigo mesmo: Como alguém pode perder a hora as cinco horas da matina?  Bem, se esse alguém morar onde eu moro e pegar a Raposo Tavares a partir das cinco da manhã,  é bem provável que cada minuto de atraso faça uma “bruta” diferença).

Acordei, mas me lembrando do sonho todo e disse a ela: - Não me deixe esquecer que sonhei com o Obama!

Levantei e, desde então, fiz de tudo para não esquecer do sonho e dos detalhes. 

Como estamos em um processo “on-line” de “escrituração”, ainda não verifiquei na “internê” quando ele deixará o governo, se a Michelle Obama engordou ou porque todo mundo, naquele local, estava de preto. Só vi uma postagem no meu “facebook” dizendo de um discurso dele, que acho que foi feito ontem...

Pronto! Já escrevi, agora vou postar no meu “blog” e depois, somente depois, vou verificar as informações e analisar o sonho, que ainda está bem marcado em minha mente. 

Isso é uma forma de eu não me contaminar e não contaminar os dados do meu sonho!

Mas pensando bem.... Que sonho mais besta esse!


Não interessa. Se tive todo esse trabalho por causa desse sonho sem pé nem cabeça, vou registrar assim mesmo!

fui...

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