sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O QUE UMA CRIANÇA DEVE SABER AOS 4 ANOS DE IDADE? (What four years children, should know!)





(Revisado)
(Revisado, mais uma vez...)

Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria, então, sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.
Quando li (li não, ela leu. Ela é alguem que eu não me lembro mais quem era) o artigo de Alicia Bayer, publicado no The Huffington Post

(Inglês:http://www.huffingtonpost.com/…/what-should-a-4-year-old-kn…) / (Espanhol: http://www.huffingtonpost.es/…/que-debe-saber-un-nino-de_b_…) /
(Italiano:http://www.huffingtonpost.it/…/che-cosa-dovrebbe-sapere-un-…) / (Português:http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/…/direitos-e-d…)

 - Me desculpem, mas isso acima, são só referências. Eu não li no The Huffington Post, li em um Blog que não me lembro mais onde está, mas me levou a tudo isso (Quando achá-lo novamente, edito de novo) -
... retornando: achei interessante "copiar" alguns exemplos (modificar uns, complementar alguns e, adicionar outros) do que uma criança deveria saber aos 4 anos de idade. Várias (se não todas) as mães (e pais também) incentivam seus filhos a "se darem bem na vida" (Control-C e Control-V de algumas partes do texto que foi traduzido do português de Portugal para o português brasileiro as vezes é mais complicado do que "pegar" diretamente do original em inglês. São correções de tempo verbal, impostura estranha e palavras com o sentido, completamente, "indecifráveis". As vezes, linhas de raciocínio, para mim, cifradas como só eles conseguem fazer. Desculpem "terrinha", mas falamos línguas diferentes com o mesmo nome) e isso, em um mundo direcionado para a competição. Discutem para ver quem tem o filho mais sábio. Sábio?? Com 4 anos?? Bom, acredito que uma quantidade grande de informação é importante. Que treinamentos em qualquer atividade também são importantes mas, ter conhecimento e treino, não faz de ninguém um “sábio”. Ter conhecimento e aprender técnicas é somente isso, “ter conhecimento e técnicas”. Ser sábio, vai um pouco mais além. Ser sábio é saber como, onde e porque usar todo esse conhecimento e técnica. Vi que alguns pais, também, se “desculpavam”, informando que cada criança possuía um ritmo próprio (talvez fossem mais sábios que nós e, também, porque inflamar uma discussão infundada que não levará a lugar algum, nem para eles e, muito menos para nós - Corretíssimos!).
Ao invés de saber o nome dos planetas, escrever o seu nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem o que uma criança deve (ria) saber com 4 anos de idade.
Vejam alguns exemplos abaixo (... que óbvio, pincelei!) :
-Deve saber que a queremos e a desejamos por completo, incondicionalmente, todos os dias, todas as horas e todos os minutos. Dias e, principalmente, noites;
-Deve saber que está segura e sempre estará. Que seus pais estarão sempre perto, mesmo que ela não possa vê-los e, nesse caso, elas devem saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas ou em outras situações desconhecidas, pois eles irão encontrá-la SEMPRE!
-Deve saber que seus direitos, dentro de sua família e com as pessoas que ela convive, sempre serão respeitados e que, principalmente, a sua família, sempre apoiará a sua escolha.

<< "Oh, my beautiful mother / She told me, son, in life you're gonna go far / If you do it right, you'll love where you are / Just know, wherever you go / YOU CAN ALWAYS COME HOME!!" - 93 Million Miles, Jason Mraz -https://www.youtube.com/watch?v=bcQwIxRcaYs>>
- Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilã e ser herói. Deve utilizar sua imaginação da maneira que bem entender e abusar disso.
- Deve saber que "nunca" e em hipótese alguma, acontecerá nada com ela se, por um mero acaso, ela achou melhor pintar o céu de laranja, desenhar gatos com seis patas, cachorros com penas, florestas azuis e o Sol marrom ou preto (mesmo que a parede tenha se tornado uma continuação do papel). Ainda mais, se ela não quiser se ater à aqueles limites chatos dos desenhos. Nada deve ser imposto! Mais tarde, talvez, ela aprenda a se manter naqueles limites estranhos e impostos por esses desenhos de colorir, porém, se não aprender, tem grande chance de se tornar o próximo gênio da pintura. Com 4 anos, as únicas linhas que limitam um desenho de pintar, são as mesmas que limitam o infinito. 
- Deve saber que o mundo é mágico e ela também é. Que a sua varinha mágica (mesmo que seja aquele galho seco e sujo que ela achou no chão), pode transformá-la na sua preferida Elsa, e fazer com que ela (Elsa) volte a brincar na neve com a sua irmã Anna. Deve saber que nem sempre pode-se ser "a boa criança" todo o tempo, mas que, " uma NÃO boa criança" não, necessariamente, quer dizer "uma criança má"!
- Deve saber que ela é, e sempre será, fantástica, inteligente, criativa, compassiva, maravilhosa, linda, um anjo e, a melhor coisa criada neste universo, pois, com toda a certeza, ela o é!
- Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro, comidinhas com mato e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética ou decorar a sequencia correta dos planetas. Melhor dizendo, esqueçam as duas últimas frases. As primeira são as únicas importantes, neste caso.

E ainda, uma lista, não mais importante mas, a “mais” importante: A LISTA QUE OS PAIS DEVEM SABER!
- Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos no seu próprio ritmo, e isso, não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente, muito menos, nos tipos de “inteligências” que ela irá desenvolver.
- Que cada criança pode (e deve) deixar a “fralda”, “chupeta”, “paninho”, “bonequinha”, "ursinho", etc... Quando ela estiver pronta para isso e não, quando os pais, amigos, professores, avós, vizinhos, padeiro, etc...Acharem que ela está "pronta para isso”!
- Que o maior impacto no bom desempenho escolar e nas boas notas futuras é que se "leia" para elas desde pequenininhas. Melhor ainda, desde o berço. E nunca, por nenhum motivo, pare de fazer isso, mesmo depois que elas já aprenderam a ler. Talvez, um dia, vocês tenham a grata surpresa de ter de atender um pedido e ler uma história "sem livro"!
- Esqueçam as tecnologias modernas, creches elegantes, colégios de renomes, jogos e computadores ultra-modernos. Pai e mães devem se dedicar, além da leitura, a contar histórias criativas, jogar jogos inventados, brincar de brincadeiras divertidas e passar um bom tempo, a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se com ela e reverem tudo que se passou em seu dia. É isso que irá ficar fixado em sua mente por toda a sua vida. E ela irá amar cada minuto disso!
- Que ser a criança “mais inteligente” ou “a mais estudiosa” da turma nunca vai significar ser "a mais feliz", talvez, até possamos considerar o contrário. Estamos tão obstinados em garantir aos nossos filhos todas as “oportunidades” que a única coisa que realmente garantimos, são vidas com múltiplas atividades, cheias de tensão , cobranças e metas. Exatamente como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada. Vamos deixar que todo esse nosso estresse de adultos doentes, fique longe de nossas crianças e que, nem por um momento, resvalem uma gota se quer nessas criaturas adoráveis. PROTEJA-AS! SEMPRE E INDEPENDENTE DO QUE FOR NECESSÁRIO PARA ISSO! 
- Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos (tinta, pincéis, massinha, palitinhos, bonequinhos, pedrinhas, terrinhas, graminhas, matinhos, folhinhas, etc) e a liberdade para explorá-los, usá-los, mudá-los e re-inventá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e, certamente, eles nem sentiriam falta se apoiássemos outras atividades mais saudáveis. As vezes, um chapéu de jornal e um cabo de vassoura usado como cavalo, é muito mais divertido (e saudável) do que um "Tablet" com a última versão do jogo em 3D da LucasFilm.
- Que nossos filhos necessitam ter mais de “nós mesmos” do que de “nós, nos outros”. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e, se possível, prever um sábado ao mês para ser dedicado à família. Lamentável isso!! Usamos jogos de computadores, tablets, notebooks e televisões de LED 4K como se fossem babás "elétricas" (Não eletrônicas, que são outra coisa, mas elétrica mesmo, tipo robôs cuidando de nossas crianças robotizadas). Até posso concordar com alguns pais que dizem que filhos atentos em jogos eletrônicos dão menos trabalho, não fazem perguntas, não fazem barulho, não sujam ou bagunçam o quarto e, principalmente, não atrapalham. Concordo! Mas também concordo que um "vaso", possa agir da mesma forma! E, melhor ainda, não gasta eletricidade! Opa! Se não tiver flor, também não gasta água! SHOW!!
- Filhos necessitam de pais com tempo. Que se sentem para escutar. Que saibam escutar. Eles precisam compartilhar suas histórias, suas “bobeiras”, suas “imaginações imaginativas". O relato do que fizeram durante o dia, do que aprenderam de novo, de suas fantasias e ideias "mirabolantes" (mesmo que as ideias mirabolantes sejam as mesmas da semana passada). Ele precisam de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Que colem juntas os dedos, se sujem de tinta, borrem o papel (a toalha, a mesa, a parede), e riam bastante de tudo isso. Necessitam que passeiem com eles, nos finais de tarde, nas noites de primavera ou verão, sem se importar que se ande a 120 metros por hora (e em diversas direções, completamente fora do objetivo inicial). Que se sentem no chão sujo, somente para admirar um pequeno inseto, uma flor ou um pedaço de “chiclete” velho e duro colado na calçada. 
- Que os "presentes" dados por elas, são preciosidades do coração. Mesmo que seja um rabisco, um papel rasgado, uma flor murcha, "pedrinhas" que ela pegou na escola ou na rua. As vezes, um pedaço de galho que ela traz, "especialmente" para você. Um "bichinho " morto, um pedaço "estranho" de mato, etc. Não recuse e, nunca, NUNCA MESMO, jogue fora. Ela não esta lhe ofertando uma "coisa qualquer", ela está lhe ofertando uma "coisa" sim, mas que vem acompanhada de todo o seu coração e de todo o seu amor. Isso não tem preço! Eu, pelo menos uma vez por semana, recebo essas "pedrinhas", as vezes acompanhadas de uns "galhinhos". Guardo tudo! Tem pedrinhas no carro, no meu quarto, na cozinha, na varanda, em todos os lugares. Ainda vou fazer uma caixinha (ona) para guardá-las e, guardá-las até o final da minha vida. PROMETO!! 
- Que eles têm (todo) o direito a ajudar-nos a fazer o jantar, mesmo que levemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho para limpar a cozinha.
- Que eles têm o direito de saber que para nós, eles foram, são e serão sempre uma prioridade e que, ficamos, verdadeiramente, fascinados em estar com eles e, simplesmente, por poder “olhar” para eles.

... Bom, esqueci qual era o assunto! Ah!! O que era mesmo que uma criança de 4 anos deveria saber??
Pois bem, acredito que muito menos do que pensamos e, muito mais de nós mesmos!

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