sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

DENGUE, CHICUNGUNYA, ZICA E FEBRE AMARELA







Antes de mais nada, entenda o que é “febre”!

A temperatura corpórea ideal varia entre 36ºC e 36,7ºC. Mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite.

Alterações de até um grau são aceitáveis em condições normais (nas mulheres, após a ovulação, durante o ciclo menstrual e no primeiro trimestre da gravidez, ocorre uma elevação natural da temperatura).

Febrícula: de 36,8ºC a 37,4ºC
Febre: acima de 37,5ºC
Febre mediana: de 37,6 ºC a 38,9ºC
Febre alta: de 39ºC a 41ºC
Hiperpirexia: acima de 41ºC

* A hiperpirexia é uma emergência médica porque se aproxima do limite máximo compatível com a vida humana.

Observações:
- Temperatura no ânus ou dentro do ouvido maior que 38,0°C;
- Temperatura na boca maior que 37,5°C;
- Temperatura nas axilas maior que 37,2°C.

A única maneira de saber se uma pessoa está com febre é medir sua temperatura com um termômetro. A maneira mais usual de aferi-la é colocar o bulbo do termômetro nas dobras das axilas e só retirar depois de "cinco" minutos para fazer a leitura. A temperatura pode ser medida também no interior da boca ou do reto, parte do intestino grosso que termina no ânus. Nessas áreas, ela costuma ser um grau mais alto do que a medida nas axilas.

Dengue
Doença: Dentre as três, é a mais conhecida e presente no Brasil. O país vive hoje uma epidemia da doença com 367,8 casos para cada 100 mil habitantes registrados até o dia 18 de abril.


Transmissão: O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e aedes albopictus (presente em áreas rurais)



Sintomas: Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em casos extremos, a dengue pode matar - até 18 de abril foram registrados 229 óbitos.

Tratamento: A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são para ficar de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença (hemorragias, nasal, olhos, gengivas), é importante procurar um hospital ou centro de saúde, imediatamente.

Chikungunya
Doença: Até 18 de abril deste ano, foram registrados 1.688 casos de chikungunya. Os primeiros casos “nativos” da doença no Brasil apareceram em setembro do ano passado em Oiapoque, no Amapá. Antes disso, já haviam sido detectados casos de pessoas que contraíram a virose fora do país.

A origem do nome chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.

Transmissão: É transmitida pelos mosquitos aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e aedes albopictus (presente em áreas rurais).

Sintomas: O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas: febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.

Tratamento:
Como no caso da dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar em repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.


Zika
Doença: A doença foi detectada na Bahia e o Ceará, mas já se espalhou, em menos de dois meses , para todos os estados do Brasil. A suspeita é de que ela tenha sido trazida ao Brasil durante a Copa do Mundo de 2014 (Esse ano de 2016, temos as Olimpíadas!)


Transmissão: Mais uma vez, o aedes aegypti é o vilão da história. Mas o vírus também é transmitido pelo aedes albopictus e outros tipos de aedes (Aedes é um gênero de mosquito com listras pretas e brancas – fiquei na dúvida do texto, pois ainda acho que é um mosquito preto com listras brancas – originários de zonas tropicais e subtropicais. É transmissor de diferentes doenças, a exemplo, na polinésia existe o aedes polynesiensis, responsável pela contaminação da filariose humana, mas existem centenas de espécies (vide quadro abaixo) e de distribuição mundial. 

Existe um movimento para abolir o nome Aedes como um nome genérico e substituí-lo por Stegomyia, que atualmente é o nome do seu subgênero, mas não sei para que isso ou no que isso iria ajudar?

Sintomas: O vírus não é tão forte quanto o da dengue ou da chikungunya e os pacientes apresentam um quadro alérgico. Os sintomas, porém, são parecidos com os das doenças “primas”: febre, dores e manchas no corpo.

Quem é infectado pelo zika também pode apresentar diarreia e sinais de dor atrás dos olhos, vez por outras, conjuntivite.

Tratamento: Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviem os sintomas, porém, que não contenham ácido acetilsalicílico.


Febre Amarela
Doença: é uma doença infecciosa grave, causada por vírus chamado flavivírus. A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados e ocorre na América Central, na América do Sul e na África. No Brasil, no período de 1980 a 2004, foram confirmados 662 casos de febre amarela silvestre, com ocorrência de 339 óbitos, representando uma taxa de letalidade de 51% no período.

Transmissão: Mais uma vez, o aedes aegypti e o aedes albopictus são os “vetores”.  Ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África, transmitida em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos, a diferença está apenas nos transmissores (aegypti para áreas urbanas e albopicrtus para áreas silvestres).


Mas no ambiente silvestre, rurais ou em áreas florestais, o “antigo” e principal vetor era o mosquito Haemagogus, hoje não se sabe mais se ele continua sendo o principal causador. Já no meio urbano, a transmissão se dá através mesmo do mosquito Aedes aegypti. A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti ou albopictus. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma não aparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

Sintomas: Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela

Observação:
Em área "intermediárias", ou seja, urbanas, com desenvolvimento rural e agrícola e ainda, podendo estar envolto por área silvestre, é possível encontrar todos os "vetores" juntos, já que cada um, de certa forma, esta em parte, no seu ambiente preferido.




Medicamentos com Ácido Acetilsalicílico

·         AAS
·         AAS Protect
·         Acecílico
·         Acectil
·         Aceticil
·         Acetildor
·         Acetilessin
·         Acidalic
·         Ácido acetil salicílico
·         Anacetil
·         Anacin
·         Anacold
·         Analgermon
·         Analgesin
·         Antifebrin
·         Antitermin
·         Asetisin
·         AS-Med
·         Aspirina
·         Aspirina C Efervescente
·         Aspirina Impact
·         Aspirina Prevent
·         Aspissen
·         Assedatil
·         Assetil
·         Bayaspirina
·         Benegrip
·         Besaprin
·         Bufferin
·         Bufferin Cardio
·         Caas
·                    
·         Cafiaspirina
·         Calmador
·         Cardio AAS Entérico
·         Cardioaas
·         Cheracap S
·         Cibalena A
·         Cimaas
·         Cordiox
·         Coristina D
·         Dausmed
·         Doloxene - A
·         Doribel
·         Doril
·         Doril C
·         Dormec
·         Drenogrip
·         Ecasil-81
·         Engov
·         Enjoy
·         Excedrin-E
·         Florialgin
·         Funds ácido acetil salicílico 
·         Funed ácido acetil salicílico
·         Furp - ácido acetil salicílico
·         Griperal
·         Gripin C
·         Iquego ácido acetil salicílico
·         Ivb - ácido acetil salicílico
·         Lafepe - ácido acetil salicílico
·         Lafergs - ácido acetil salicílico
·         Lepemc AAS 100mg
·                    
·         Lepemc AAS 500
·         Lfm - ácido acetil salicílico
·         Melhoral
·         Melhoral C
·         Melhoral Infantil
·         Mialgin
·         Migrane
·         Nuplam - ácido acetil salicílico
·         Orosprevent
·         Prevencor
·         Prevencor Pril
·         Rectocetil
·         Resfriol S
·         Resprax
·         Ronal
·         Salicetil
·         Salipirin
·         Salisvit C
·         Salitil
·         Sifaas
·         Sanacol
·         Sinutab
·         Somalgin
·         Somalgin Cardio
·         Sonrisal
·         Superhist
·         Thrombo Ass
·         Tri - Bufered Aspirin
·         Vasclin
·         Vita Grip





INFORMAÇÕES GERAIS 
AEDES - Subgêneros

·         Abraedes
·         Aedes
·         Aedimorphus
·         Alanstonea
·         Albuginosus
·         Aztecaedes
·         Belkinius
·         Bothaella
·         Cancraedes
·         Chaetocruiomyia
·         Christophersiomyia
·         Diceromyia
·         Edwardsaedes
·         Finlaya
·         Fredwardsius
·         Geoskusea
·         Gymnometopa
·         Halaedes
·         Howardina
·         Huaedes
·         Indusius
·         Isoaedes
·         Kenknightia
·         Kompia
·         Leptosomatomyia
·         Levua
·         Lorrainea
·         Macleaya
·         Molpemyia
·         Mucidus
·         Neomelaniconion
·         Nomina Dubia
·         Nothoskusea
·         Ochlerotatus
·         Paraedes
·         Protomacleaya
·         Pseudarmigeres
·         Pseudoskusea
·         Rejected Names
·         Rhinoskusea
·         Rusticoidus
·         Scutomyia
·         Skusea
·         Stegomyia
·         Subgénero Uncertain
·         Zavortinkius



Gêneros de AEDES

Além dos famosos “aegypiti”, “albopictus” e o “polynesiensis”, já informado,
 temos mais alguns abaixo: 

 
·          aboriginis 
·          abserratus 
·         africanus
·         albolineatus
·         alboniveus
·         alboscutellatus
·          aloponotum
·         amesii
·         arboricola
·         argenteoventralis
·         atlanticus
·         atropalpus
·         aurifer
·          aurimargo
·         aurotaeniatus
·         australis
·         axitiosus
·         barraudi
·         bekkui
·         berlini
·         bieristatus
·         bimaculatus
·         brelandi
·          brevitibia
·          burgeri
·         cacozelus
·         campestris
·         canadensis
·         cantator
·         caspius
·         cataphylla
·         cavaticus
·         churchillensis
·         cinereus
·         clivis
·         communis
·         coulangesi
·          cretinus 
·         dasyorrhus
·         Aedes decticus
·         deserticola
·         desmotes
·         diantaeus
·         domesticus
·         dorsalis
·         dupreei
·         eldridgei
·         epactius
·         esoensis
·         euedes
·         excrucians
·         fitchii 
·         flavescens
·         fulvus 
·         furcifer
·         futunae
·         ganapathi
·         geminus
·         gombakensis
·         grassei
·         grossbecki 
·         harinasutai
·         helenae
·         hemiteleus
·         hendersoni
·         hesperonotius
·         hexodontus
·         horotoi
·         impiger
·         mplicatus
·         imprimens
·         increpitus
·         inermis
·         infirmatus
·         intrudens
·         kochi
·         kompi
·         koreicus
·         lineatopennis
·         madagascarensis
·         mariae 
·         marshallii
·         masculinus
·         mediolineatus
·         mediovittata
·         mefouensis
·          melanimon
·          mercurator
·         meronephada
·         michaelikati
·          mitchellae
·         mohani
·         monticola
·         muelleri
·         nevadensis
·         ngong
·         nigripes
·         nigromaculis
·          niphadopsis
·         niveus
·         nummatus
·         ostentatio
·         palpalis
·         papago 
·         pembaensis
·         pexus
·         phoeniciae
·         pionips 
·         portoricensis
·         provocans 
·         ventrovittis 
·         vexans 
·         vittatus
·         washinoi
·          wauensis
·         zammitii 
·         zoosophus
·         pseudoniveus
·         pseudonummatus
·         pulchritarsis
·         pullatus
·         pulverulentus
·         punctodes
·         punctor
·         purpureifemur
·         purpureipes
·         rempeli
·         riparius
·         rusticus
·         scapularis
·         schizopinax
·         scutellaris
·         serratus
·         sierrensis
·         sollicitans
·         spencerii
·         spilotus
·         squamiger 
·         sticticus 
·         stimulans 
·          stricklandi
·          sylvaticus
·         taeniorhynchus 
·          taylori
·          thelcter 
·          thibaulti 
·          thomsoni
·          tiptoni
·         togoi 
·         tormentor 
·         tortilis 
·          triseriatus

E, finalmente, os trivittatus , turneri e varipalpus. Ufa!! 


Desenvolvimento



Alimentam-se de frutas e flores onde encontram o carboidrato necessário para seus sustentos. As 
fêmeas só se alimentam de sangue após serem fecundadas.





Na hora da postura, os ovos são brancos, após o contato com o ar, vão se tornando cada vez mais
escuros, tornando-se pretos após duas horas.






A larva, em contasto com a água, eclode em 30 minutos







Uma característica primordial para identificação  das larvas, é que estas possuem 
fotofobia e fogem da luz.




A fêmea deposita seus ovos perto (e não) da água, por isso é necessário que se vale o recipiente, 
 e não somente, remova a água.



O Macho possui a antena "emplumada"


AEDES


Aedes aegypti (presente em áreas urbanas) tem o tórax (que parece ser a cabeça
mas não o é) com riscas prateadas em forma de "lira"



 Já o Aedes albopictus (presente em áreas rurais), possui em seu tórax 
uma única risca prateada